Numa noite tenebrosa no mês de maio bem na minha época do recrutamento. Nada mais que uma história de sofrimento, rusticardes e desabafos de tudo que aconteceu comigo.
Na data em que meu grupamento foi ao campo registraram a noite mais fria do ano. Olha que os oficias não tinham combinado com o tempo para nos destruir congelados, só moralmente mesmo! Só de saber que iriamos ter que ficar com o coturno cheio de barro e com a japona molhada por causa do sereno frio. Isso abaixava a moral de qualquer um tanto como os recrutas quantos os instrutores também.
No Primeiro dia participei de diversas atividades que exigiam muito esforço físico como: caminhada no barro sem água para consumo e etc. Por tanto eram atividades que ainda não mexia com o psicológico, anoitecendo meu grupamento se localizou numa região de mata fechada, nisso começava o terror de nossa noite. Num lugar escuro e nebuloso o oficial botou todos nós emparelhados uns atrás dos outros, para começar uma corrida por uma trilha chamada pista fio, o nome da trilha era por causa de duas linhas que direcionavam o lado certo da trila. As linhas tinham as cores azuis e vermelhas, esquerda e direita. Então começou um recruta por vez atravessar a trilha com um recado complicado guardado na mente; até chegar ao fim da pista vários sustos corpos estranhos nos assolavam. Nisso eu fui um dos primeiros a chegar ao destinatário com a mensagem não muito certa, mas cheguei! Na noite teve uma serei de outras atividades de rastejo e tiro ao alvo.
No segundo dia foi mais tranquilo desrespeito ao anterior, mas mesmo assim teve suas precariedades. Subimos um morro tão alto, que lá de cima dava para ver toda região abitada pelos instrutores que nos esperava de pé com sua boca espumando de raiva por simplesmente sentir nossa presença. Crucificar-nos era o principal evento da tarde, para aqueles que achavam isso tudo uma alegria valorizada pela Pátria! Chegando ao alto do morro numa tarde bem quente tivemos uma instrução chamada de ponto fixo de artilharia, nada mais era do que uma visualização de objetos em movimento de longa distância sendo comparado com um objeto parado de curta distancia e vice-versa, ou seja, ponto fixo. Anoiteceu e a instrução foi à mesma porem com as dificuldades noturnas.
No terceiro dia pela manhã tivemos uma instrução light que falava sobre camuflagem te obus eirós(canhões). Essa instrução durou manhã, tarde e noite, muito de nós já não aguentava mais ficar no mato sem comer, beber e tomar banho direito, Destruindo a minha autoestima! No terceiro dia minha paciência já tinha sido esgotada, muito campo ainda havia por vir e meus pés já não aguentavam andar mais. A única coisa que me confortava naquele momento era orar.
Do quarto ao sétimo dia foi considerado para mim um dos maiores desafio de resistência já suportado por mim desrespeito à bem esta.
-Ei RECRUTA LIXÃO! olha seu estado de calamidade até parece que esta MORRENDO!
Depois de ouvi algo tão grosseiro de um oficial decidir mudar. Com todas as forças levantei a cabeça olhei para o céu e ai então, veio o meu refugio. Senti dentro de mim algo sobrenatural uma disposição sem controle nenhum, teve então algo maravilhoso em minha vida vindo de Deus. A força que eu tive para supera obstáculos foi momentânea, pois no sexto dia a minha desenvoltura já não era a mesma.
No penúltimo dia passamos pela temível pista RONDON, dois grupamentos se localizarão numa região de mata fechada. E eu que estava no primeiro grupamento, me dei conta de tantos obstáculos difíceis que tinha atravessar, que naquele dia tudo para mim parou. Depois de ir se arrastando pela pista toda eu não aguentava mais, meus pulmões já estavam suplicando oxigênio, meus pés estourados por bolhas e bicheiras, minha costa pinicando pela urina que foi jogada na pista de rastejo, esse foi o final do sétimo dia.
Ultimo dia tivemos uma trilha de 12 quilômetros de volta ao alojamento onde tudo começou. Percorrendo essa trilha, já me arrastado sem forças, tudo que mais pedia a Deus era um banho para tirar o cansaço e a sujeira de oito dias. Chegando ao termino da aventura no BCSv(batalhão de comando e serviço),tivemos a grande emoção disso tudo, posicionamos em tropa de frente com a sala do CEL (coronel), e do alto começaram a cair granadas, tiros de fuzis em nossa direção, metralhadoras e bazucas (tudo era munições de falsas lógico), com o final do campo depois dos tiros veio a mensagem: MISSÃO CUMPRIDA
PARABENS SOLDADOS DO EXERCITO BRASILEIRO! Depois disso fomos para o alojamento eu tomei um banho e fui para casa descansa!
O meu objetivo com esse conto é mostrar para os seguidores que a vida de um militar não é fácil, e por ser tão difícil, passa a ser desvalorizado pelo povo brasileiro!
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on sexta-feira, 15 de julho de 2011
at 16:10
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